Atualizado em 11/05/2022 13:12 por Éter 7 News
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Pandemia reafirma importância de um ato simples: lavar as mãos

15 de Outubro - Dia Mundial da Lavagem das Mãos. Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil.

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Lavagem das Mãos

Tido como uma das formas mais simples e econômicas de prevenir doenças e controlar infecções, a correta e frequente higienização das mãos pode salvar vidas. E foi para tentar sensibilizar a população global sobre a importância do ato que vários países e instituições decidiram dedicar o 15 de outubro à celebração do Dia Mundial da Lavagem das Mãos.

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Criada por iniciativa da Global Handwashing Partnership (GHP, em português, Parceria Global para a Lavagem das Mãos), uma organização não-governamental que reúne representantes do setor público e privado de diversas nações, incluindo multinacionais do setor de higiene e beleza, a data é celebrada desde 2008 e, neste ano, tem como lema a frase Nosso futuro está em nossas mãos: avancemos juntos.

A efeméride é reconhecida inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS), embora esta também tenha instituído uma data para estimular a adoção de boas práticas de higienização das mãos: o 5 de maio.  

Nesta quinta-feira (14), a diretora regional da OMS para o continente africano, Matshidiso Moeti, chamou a atenção para o fato de que muitas pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água e sabão. Segundo ela, em média, apenas uma em cada quatro famílias que vivem nos países africanos tem acesso regular a esses produtos.

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“Gostaria de aproveitar o fato de estarmos celebrando o Dia Mundial da Lavagem das Mãos para apelar para que todos os governos, parceiros e comunidades intensifiquem as estratégias que visam a aumentar o acesso à água potável e ao saneamento, uma vez que a lavagem das mãos com água e sabão faz parte das intervenções economicamente mais vantajosas para reduzir a transmissão de doenças”, disse Matshidiso Moeti, destacando que, para tentar conter a transmissão da covid-19, a maioria dos países africanos implementou ações para que mais gente tivesse acesso aos meios necessários para higienizar as mãos.

“O desafio agora é fazer com que estas e outras inovações sejam utilizadas em grande escala e é aqui que as parcerias público-privadas e os incentivos financeiros podem desempenhar um papel fundamental”, acrescentou a diretora regional.

Saneamento

No Brasil, dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento apontam que 16,3% dos pouco mais de 210 milhões de habitantes pesquisados em 2018 não eram servidos por rede de água e 46% não tinham seu esgoto coletado.

Assim como em outras partes do mundo, também no Brasil a falta de acesso a serviços essenciais faz com que muitas pessoas não consigam realizar um gesto que deveria ser corriqueiro. Isso acabou despertando a atenção e a solidariedade de muitos, estimulando iniciativas público e privadas para disponibilizar álcool, água e produtos de higiene gratuitamente.

Para os especialistas, estes cuidados devem ser mantidos mesmo depois que a covid-19 estiver sob controle, tornando-se um hábito regular de higiene que pode reduzir o número de mortes por outras causas, como a diarreia, e reduzir os casos de infecção, inclusive respiratórias.

O Ministério da Saúde inclusive usou a data instituída pela OMS para, em maio deste ano, reforçar a necessidade dos profissionais de saúde do Brasil terem sempre cuidados com a higiene das mãos – o que, de acordo com a pasta, exige que os serviços de saúde disponibilizem aos trabalhadores e usuários insumos de boa qualidade, como álcool, sabonete líquido, papel toalha descartável e água.

Em sua página na internet, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza um manual que, embora destinado aos profissionais da saúde, contém informações claras sobre como qualquer pessoa deve higienizar adequadamente as mãos.

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De acordo com a agência, embora simples, a eficácia da limpeza depende da duração e técnica empregada. E, para uma higienização mais eficaz, é recomendável que a pessoa retire anéis, pulseiras e relógios, já que micro-organismos podem se acumular sob estes objetos.

Fonte: Agência Brasil.


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