Atualizado em 30/06/2022 12:18 por Éter 7 News
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Diego Candelero, joia. Foto: Divulgação.

O impacto do crescimento do comércio das jóias durante a pandemia

Diego Candelero, joia. Foto: Divulgação.

*Diego Candelero

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Sabemos que as joias sempre foram um símbolo de poder econômico e social. Para se ter ideia, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, o mercado de joias faturou US$ 4,5 bilhões, tendo uma alta de 20% na receita.

Um dos motivos dessa alta na receita foi porque, durante a pandemia, o consumidor acabou gastando menos em turismo. O que acontece é que existem muitas pessoas que deixam de viajar e acabam fazendo uma compra em busca de uma satisfação interna. 

Existem também quem compra as jóias por investimento. Esses clientes escolhem a peça, não pela influência do preço, mas pensando na qualidade dos materiais e o quanto ela pode valer no futuro. São dois tipos diferentes de consumidores que encontramos quando se trata de jóias.

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Desafios recentes no mercado: Pandemia e o Conflito Ucrânia X Rússia

Mesmo com as incertezas pairando sobre a economia brasileira, durante a pandemia o mercado de joias se manteve aquecido e cresceu apesar da alta do dólar, das dificuldades logísticas e do distanciamento social, que diminuiu o tempo de mineração ou mesmo manteve fechadas muitas minas. 

Em meio a esse cenário, tiveram algumas pedras que o valor aumentou quase em 50%. Outro fator que também influenciou muito nesse mercado foi o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. 

Os embargos realizados sobre a Rússia, devido ao conflito, também foram impostas aos diamantes russos, onde muitos países deixaram de realizar suas importações. Para se ter uma ideia, o país é líder mundial na produção de diamantes em bruto, também é responsável por enormes reservas de diamante de impacto no valor de 268 bilhões de quilates.

Dessa forma, o diamante se tornou ainda mais escasso, sua procura cresceu e o mercado não conseguiu suprir toda essa demanda. Assim também vimos a elevação do seu valor.  

Mesmo com essas dificuldades e também os desafios com reabastecimento, as vendas de jóias cresceram tanto no ano passado como principalmente este ano. 

Pedras Raras brilharam os olhos dos investidores

Além do valor sentimental e emocional, as joias também ganham valor e são consideradas um investimento a curto e longo prazo. Para se ter uma ideia, cada dia mais ganham valor no mercado, isso acontece tanto pela sua raridade como pela qualidade. 

As pedras como Turmalina Paraíba e Tanzanita, já são consideradas raras e ganham ainda mais valor no mercado. Hoje, a Turmalina Paraíba é considerada em escassez, mesmo com minas de extração no Brasil e na África, a mineração das pedras brasileiras já pode ser considerada no fim, o que dificulta encontrar seus pares e também uma boa qualidade. 

Já a Tanzanita, pedra preciosa de cor entre azul e púrpura, é considerada rara porque só existe um local de extração, nas montanhas de Mererani, perto do monte Kilimanjaro. Por ter sido descoberta recentemente, só em 1967, sua mina ainda está no início e ainda é possível selecionar uma maior qualidade e quantidade de pedras. Quando a mina vai chegando ao fim, a qualidade das pedras começam a cair, mas seu preço sobe. 

As pedras raras, como a Turmalina Paraíba, Esmeralda, Rubi e Safira, também tiveram um aumento no seu preço e isso interfere principalmente no mercado brasileiro, porque o preço do dólar impactou o valor no mercado nacional.  

Além do preço do dólar, das relações internacionais e a situação das minas, outros pontos também interferem no preço das joias e podem torná-las um investimento tanto a curto como a longo prazo. Principalmente para os investidores que têm um olhar crítico, pensando na qualidade da pedra e todo processo de acabamento. 

É importante lembrar que esses investimentos possuem seus diferenciais, o ouro e a prata são metais vendidos isolados, têm cotações próprias e peculiaridades especiais para a compra e venda. As joias são os metais ou pedras já lapidados e estilizados.

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Mais do que um investimento, às joias também são peças eternas, por isso é necessário buscar qualidade como a necessidade primordial ao decidir a compra. A peça pode passar pelas ações do tempo, gerações, passando pela memória afetiva ou não, mas de todas as formas é considerada única.

Diego Candelero. Foto: Divulgação.
Diego Candelero. Foto: Divulgação.

*Diego Candelero, CEO do label nacional de joalheria artesanal, DI CANDELERO,  que utiliza apenas pedras naturais, com certificados,  e todas escolhidas a dedo, para entregar sempre o melhor para seus clientes.

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