Estudo revela como a tecnologia de monitoramento cardíaco e GPS ajuda no desempenho da dupla de vôlei Ágatha e Duda

Atualizado em 05/10/2020 15:02 por Éter 7 News

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A análise de dados é cada dia mais utilizada para otimizar o processo de preparação para Jogos Olímpicos e outras modalidades competitivas; a Polar Brasil disponibiliza para os principais nomes do esporte equipamentos que auxiliam nessa atuação

São Paulo, setembro de 2020 – A tecnologia se tornou uma grande aliada no preparo e acompanhamento de atletas profissionais. A medalhista olímpica no vôlei de praia Ágatha Rippel e a campeã mundial Duda Lisboa, que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, utilizam desde 2018 o sistema de monitoramento cardíaco e GPS para grupos da Polar Brasil, o Polar Team Pro, com o intuito de auxiliar o trabalho de técnicos, preparadores físicos, fisiologistas e nutricionistas no mapeamento e avaliação da performance, carga de treino, condicionamento físico, além de uma série de informações, que impactam diretamente nos resultados da dupla – tudo em tempo real.

Sabendo da importância de analisar todas as variáveis que cercam a rotina de um atleta profissional, os fisiologistas do esporte se utilizam cada vez mais de dados para o cruzamento de informações e estatísticas de desenvolvimento da performance individual e coletiva dos atletas. Esse foi o caso do estudo produzido junto à equipe de preparação física e fisiologia da dupla, que realizou uma profunda análise de jogo e dos dados de carga interna e externa das jogadoras de vôlei de praia durante as competições nacionais e internacionais. O estudo foi publicado no “Journal of Sports Medicine and Physical Fitness”, abordando o tema “Demanda física de jogo em competições nacionais e internacionais durante uma temporada competitiva”, utilizando a solução da marca como ferramenta e a dupla brasileira como a frente atlética.

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A pesquisa e sua relação com atletas de alta performance

O acompanhamento da frequência cardíaca e do deslocamento via GPS foi realizado ao longo de toda uma temporada (~100 jogos) para entender as demandas das atletas durante os jogos. “Por meio do cruzamento das informações monitoradas com elementos do nosso banco de dados, conseguimos organizar as melhores estratégias de treino, além de ter um feedback sobre as respostas das atletas – se estão sendo sobrecarregadas, se é necessário mais intensidade nos treinos ou mais dias de descanso na rotina, por exemplo. Dessa forma, analisamos esses dados semanalmente e vamos nos adaptando de acordo com as análises”, explica Renan Nunes, responsável pela fisiologia da dupla desde 2017. “No caso deste estudo em específico, coletamos uma série de informações que levaram a diferentes conclusões para cada atleta, sendo possível personalizar as demandas do treino para cada posição em quadra e também para cada tipo de campeonato, seja ele nacional ou internacional”, complementa Renan.

Por meio deste estudo foi possível notar que as atletas têm demandas diferentes, de acordo com o papel que exercem no jogo, e em cima dessa análise traçar qual seria a melhor estratégia de treino seguir. “Por exemplo, pela função que exerce em jogo, como bloqueadora, a Ágatha acaba apresentando uma maior demanda física comparado à Duda. Durante o jogo, as diferentes ações no qual a atleta realiza, como saque, recepção, ataque e bloqueio, gera maior demanda física. Nos jogos analisados e mensurados foi possível concluir que ela permanece mais tempo em maiores zonas de intensidade, (principalmente na faixa entre 90-100% da frequência cardíaca máxima), assim como, em diferentes intensidades de corridas, aceleração e pico de velocidade nos jogos”, revela o especialista.

Também foi possível analisar as demandas de uma atleta em posição de defesa, como é o caso de Duda. “No caso dela, sabíamos do desafio que teríamos no desenvolvimento da atleta, pois se trata de uma jogadora muito nova, com diferente nível de treinabilidade e crescimento de desempenho. Assim, o banco de dados foi essencial para entender o seu comportamento físico em competições, mas também, como essas demandas poderiam impactar de forma diferentes entre as atletas. Dessa maneira, com o auxílio do Staff da equipe, ou seja, treinadores, auxiliares, psicólogos, nutricionistas, conseguimos evoluir todo o processo de treinabilidade da atleta, passando para uma fase de consolidação profissional. Devido às diferentes características das atletas, foi desafiador conseguir entender o comportamento e transformação da Duda ao longo desses anos. Como reportado no estudo, embora ambas as atletas permaneçam mais de 50% do jogo em intensidades acima de 80% da frequência cardíaca máxima, a Duda atinge maiores demandas nas zonas de 80-90%, porém, menor em intensidades de 90-100% comparado a Ágatha, assim como, nas demandas de carga externa”, completa Renan.

Tendo em vista o tempo que as atletas permanecem em cada zona de intensidade cardíaca e de locomoção, e associando esses dados ao cenário pessoal e coletivo da dupla é possível evitar lesões e planejar os próximos passos para um melhor desempenho. “Muitas vezes, apenas o treino com bola não atinge as demandas necessárias para cada jogadora, por isso é preciso incluir atividades mais intensas para sustentar a necessidade de cada atleta, além de mensurar como está o desempenho em termos de deslocamentos e ações de intensidade”, acrescenta Renan. “Apesar de serem uma dupla, muitas vezes são prescritos treinos diferentes, com diferentes técnicas e intensidades para cada integrante do time, levando em consideração essa personalização e ajustes de demanda que a tecnologia dos dados nos permite alcançar”.

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Mas o monitoramento de dados não fica só dentro da quadra de areia: utilizando outras soluções da Polar Brasil, como os relógios embutidos com sensor de frequência cardíaca avançado no punho, os fisiologistas da dupla também conseguem acompanhar o dia a dia das atletas e avaliar se fatores alheios ao treino podem estar interferindo em suas performances. É observada a variabilidade da frequência cardíaca ao longo da semana, a qualidade do sono e da recuperação noturna, o gasto calórico dentro e fora de cada sessão de exercícios, além do monitoramento de atividades diárias – tudo através dos wearables esportivos da marca. “O desafio é enxergar a variável, seja ela uma noite mal-dormida, um resfriado, um retorno de férias ou até mesmo um estresse emocional, e identificar como ela impacta na rotina de treinos do jogador, a fim de prevenir lesões e principalmente a fadiga, fator ao qual os jogadores de vôlei de praia estão mais suscetíveis”, conclui Renan.

Tecnologia X Performance de atletas profissionais

De acordo com André Bandeira, Country Manager da Polar Brasil, por meio dessa análise é possível tomar decisões objetivas de desempenho em qualquer lugar. “O monitoramento feito pelo Polar Team Pro é essencial para que o fisiologista e toda a equipe técnica que acompanha atletas de alto nível consigam não só ter um acompanhamento profundamente científico sobre a sua equipe como, consequentemente, uma visão holística sobre a carga de treino para a prevenção de lesões e a extração máxima e segura do potencial e desempenho de cada um deles, fator extremamente importante quando falamos, principalmente, de atletas profissionais”, explica.

O sistema de monitoramento GPS e de frequência cardíaca já está difundido em diversas equipes ao redor do Brasil, principalmente no campo do futebol. “Nós já temos mais de 15 anos de experiência em sistemas de monitoramento de desempenho de atletas para equipes esportivas de elite, e hoje levamos nossa tecnologia para grandes clubes como Santos, Corinthians, Grêmio e Atlético Mineiro”, complementa André.

Hoje a tecnologia e o esporte caminham de mãos dadas. “Os dispositivos são extremamente importantes para o desempenho e saúde dos atletas. No futebol já é comum o uso de equipamentos, mas no caso do vôlei de praia a dupla foi pioneira nesse sentido. Quando falamos em medalhistas olímpicos e atletas profissionais é importante ter todos os dados mensurados, para alcançar o nível de aperfeiçoamento saudável e garantir o bem-estar dos atletas. Por isso é fundamental interligar e analisar todas essas variáveis em conjunto”, finaliza Renan.

Sobre a Polar

Há mais de 40 anos, a Polar é a pioneira da tecnologia wearable esportiva, ajudando atletas e técnicos a alcançarem o máximo desempenho e, acima de tudo, os seus objetivos. A Polar começou com o monitoramento da frequência cardíaca e, desde então, expandiu-se para várias soluções de treinamento para atletas de elite, treinadores e entusiastas do esporte. Continua, após a publicação de mais de 8.000 estudos globalmente utilizando sensores e soluções da marca, sendo o mais confiável parceiro de desempenho devido à nossa precisão, confiabilidade e profunda experiência científica.  Sediada na Finlândia, a Polar é uma empresa privada que opera em mais de 80 países. Os seus produtos são vendidos em mais de 35.000 varejistas ao redor do mundo. Para mais informações, visite polar.com/br.

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